sábado, 26 de abril de 2014

OUVIDOR MUNICIPAL DE JUAZERINHO DEIXAR O GOVERNO MUNICIPAL DIZENDO QUE NAO AGUENTAR "não tive estômago para continuar no governo. de falsidade, a hipocrisia, a arrogância, a injustiça, a desonestidade e o mau-caratismo: eu não consigo conviver com tudo isso fazendo de conta que está tudo bem. Não consigo descer a tal nível de mediocridade".


Meus amigos e minhas amigas, saudações!

Por uma questão de respeito e consideração, senti a obrigação de informar à população de nossa terra que não estou mais atuando como Ouvidor do município. Deixei de atuar desde o começo de março quando solicitei a minha exoneração do cargo de ouvidor. Na verdade, desde o ano passado que manifestei a minha intenção de deixar o governo.  Na época, fui convencido a permanecer no governo. Quando houve o afastamento da Prefeita, informei mais uma vez que não tinha o interesse de continuar no governo. Mas, por conta do momento de transição, resolvi permanecer até que a etapa fosse vencida. Porém, reconheço que não tive estômago para continuar no governo.
E Deus criou uma situação para que eu tomasse essa decisão de uma vez por todas.
Tenho um sério problema com a falsidade, a hipocrisia, a arrogância, a injustiça, a desonestidadee o mau-caratismo: eu não consigo conviver com tudo isso fazendo de conta que está tudo bem. Não consigo descer a tal nível de mediocridade.
Assim, resolvi realizar o desejo de muitos que fazem parte da administração municipal e dos que sempre fizeram, mas que foram rifados pela vontade das urnas: resolvi me afastar.
Eles se acham donos da administração, da Prefeitura. Obviamente eles têm uma história na política de Juazeirinho: eles sempre estiveram ali, na prefeitura, sugando tudo o que podiam, depenando os cofres públicos. Se brincar, o carro particular, a casa própria, foi tudo a prefeitura que deu. Na sua maioria, trata-se de pessoas sem muita instrução, famílias que sempre viveram agregados aos benefícios oferecidos pela prefeitura. Um dia alguém lhes deu uma oportunidade e eles simplesmente se agarraram a ela. E, de lá prá cá, se sustentam aderindo as benesses da administração municipal oferecidas por cada governo que se sucedeu.
São improdutivos, no máximo tarefeiros. Eles não fazem nada que reflita na vida das pessoas positivamente. Eles falam em mudanças desde que as mudanças não atinjam as “mamatas” que estão acostumados. Demonstram total incompetência, e não permitem que ninguém ultrapasse a incompetência deles. Afinal, toda vez que isso acontece, a incompetência deles é ameaçada pela competência dos outros.
Eles atendem mal as pessoas, chegam a gritar com elas, quando estas são mais humildes ou não pertencem ao tráfico de influência deles. São desonestos, inclusive.
Por outro lado, tem aquelas pessoas que ocupam cargos mais elevados, e que pela relação de compadrio, utilizam indevidamente a máquina administrativa. É um absurdo! O pior é que ninguém fala nada, nem a “oposição”. Por quê? Quanto vale o silêncio?

A mudança passa necessariamente pela mudança de pessoas. As mesmas caras não devem continuar por lá, é preciso dá um basta nisso que chega a ser “imoral”. Também não se pode simplesmente substituí-los pelos mais “chegados”. É preciso mudar a atitude, a política.
Não fizemos mais exatamente por conta da força negativa, conservadora e de caráter duvidoso que impera no poder público municipal.
Ninguém tem o direito de se sentir dono da coisa pública, da prefeitura municipal.
Numa análise mais sociológica da estrutura do poder local, vemos que o problema está no cerne do poder: a família. Juazeirinho continua atrasado inclusive no que diz respeito aos valores éticos que precisam permear as relações políticas porque tudo está no domínio da família e não do povo. O Sindicato está no poder da família, a rádio está no poder da família, o partido político está no poder da família, o poder político, ou seja, a administração pública municipal está nas mãos da família, etc.
Enfim, queria agradecer ao meu DEUS Todo-Poderoso pela oportunidade que Ele nos concedeu em servir ao governo municipal e, por extensão, a população local. O cargo de Ouvidor Geral do Município foi o terceiro cargo de confiança que exercemos na nossa vida profissional. Apesar das dificuldades, chegamos a ser considerado o Ouvidor Municipal mais atuante do Nordeste.
O segundo cargo público que assumimos foi o de Gerente da Sexta Gerência Regional de Educação do Estado. Na condição de Gerente Regional de Educação, levamos a Gerência Regional de Educação a conquistar o Prêmio Nacional de Educação em Direitos Humanos. Um feito histórico não só em nível de Estado como de Brasil. Fomos o primeiro gerente regional de educação de estado a conquistar um Prêmio Nacional. Claro, que isso não foi uma proeza particular,  foi fruto de um trabalho sério de uma equipe séria que tivemos a oportunidade de montar. Além disso, deixamos a Sexta Gerência Regional de Educação instalada na melhor sede de Gerência de Educação do Estado e do Nordeste. Tiramos a Gerência que funcionava no primeiro andar da Escola Monsenhor Manoel Vieira, que, na realidade, era o auditório da escola, e a transferimos para uma instalação fantástica, sem ônus para o Estado ou para a Secretaria de Educação do Estado.
O primeiro cargo de confiança que assumimos foi o de Secretário Municipal de Cajazeiras. Precisamente, Superintendente da Superintendência de Meio Ambiente – SUMMAC. Lá, Deus fez algo fantástico: através de uma Secretaria municipal sem qualquer recurso financeiro, Deus nos deu condição de fazer a “PRAÇA DA BÍBLIA”. Através da primeira PPA – Parceria Pública Privada do município, construímos a Praça sem nenhum ônus para a o município: “Foi Deus quem fez e isso é maravilhoso aos nossos olhos” (Sl 118.23).
Os frutos estão postos, Glória a Deus!
Não obstante, queremos informar a todos (as) que a esperança não morreu e que estaremos dando passos na construção de um projeto político alternativo para Juazeirinho. Aguardem!!!!!!

Um comentário:

  1. Como esse grupo familiar tende em diminuir as pessoas; em especial as que são claramente muito inteligentes... Parabéns Cássio Rogério pela coragem, dignidade e poder da palavra...

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